Nossos alunos e professores
"Testemunhar a abertura aos outros, a disponibilidade curiosa á vida, a seus desafios, são saberes necessários à prática educativa (...) tomar a própria prática de abertura ao outro como objeto da reflexão crítica deveria fazer parte da aventura docente”. FREIRE.
Para os alunos a escola é espaço de múltiplas aprendizagens. É por eles que ela existe. Já imaginaram uma escola sem alunos? Nosso desafio é fazer dela um espaço de desenvolvimento da personalidade pessoal, social, comunicacional, emocional, cultural e cidadã dos alunos. Estabelecer com eles um contrato coletivo das ações necessárias para isso.
É preciso que se sintam participantes, que são efetivamente a razão de a escola existir. Para isso, é importante que se reconheçam, que tenham clareza de sua identidade na escola. E criemos as condições para que isso ocorra. Como? Começando, nós próprios, a olharmos para nossos alunos, perguntarmos quem são, de onde vêm, o que querem, o que pensam, sentem, sonham...
Professor
A palavra professor vem de "professar", que, além de lecionar, significa "declarar publicamente uma convicção ou um compromisso de conduta", como a de uma profissão. Não por acaso, as duas têm a mesma raiz. Nós, mestres, somos profissionais em vários sentidos: por ensinarmos e por nos comprometermos com condutas de trabalho - numa atividade que exige a contínua exposição de convicções. Essa condição também envolve responsabilidades múltiplas, com conhecimentos e procedimentos, especialmente por lidarmos com muitos jovens e crianças e por um tempo longo.
Precisamos nos lembrar disso não para nos sentirmos mais importantes do que já somos, mas para termos consciência de que, no desempenho dessa função social, não dá para ignorar limitações pessoais e problemas, ou seja, nossa condição humana. Outras profissões também dependem fortemente do discernimento e das condições individuais de quem as exerce.